Os fins das tardes estivais do meu Alentejo continuam a ter para mim uma misteriosa fascinação que muitas vezes me motiva viagens oníricas onde acabo por encontrar, quase sempre, a ideia para um poema em louvor desta terra bem amada.
SONETO
Quando se esvai a tarde rotineira...
os silêncios nos tocam de mansinho,
cada bulir de folha é um caminho
para ser de uma ideia a mensageira...
Como terno sabor de um fresco vinho...
quando a brisa me põe a mão fagueira
é como uma ancestral tecedeira
que tece os seus lavores em fofo arminho!...
Nos dias de calor, quando o sol arde,
há timbales na alma, quando a tarde
já acalma o calor do sol ardente...
e, quando se aproxima o fim do dia,
traz algo de mistério e fantasia
com a " rubra magia do poente"!....
Matos Serra in, Alentejo, os Seus Mistérios e as Suas Belezas.
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