sexta-feira, 13 de julho de 2012

O ALENTEJO, O PÃO, A RIQUEZA E A DISTRIBUIÇÃO

TEMA: A RIQUEZA E A SUA (MÁ) DISTRIBUIÇÃO

O poema que se segue, com mote do grande poeta popular António Aleixo, foi apresentado num concurso de poesia popular que teve lugar na CONFRARIA DO PÃO, cuja sede é no Monte das Galegas, junto de Terena, no nosso Alto Alentejo e, ali, foi distinguido com o 1-º Prémio.

  MOTE - QUADRA
             DE
ANTÓNIO ALEIXO


O pão que sobra à riqueza
Distribuido com razão
Matava a fome à pobreza
E ainda sobrava pão.

Há quem estude economia
nos bancos da faculdade
mas que da realidade
ande um pouco à revelia...
Por não estar em sintonia
com esta grande certeza:
É faltar o pão na mesa
de muito bom cidadão
e não ter boa gestão
O PÃO QUE SOBRA À RIQUEZA:

É porque tal acontece
que ainda existe miséria,
questão tão candente e séria
que tanto nos entristece,
razão seria que houvesse
da justiça outra noção
e uma nova visão
que trouxesse nova luz
e tudo o que se produz
DISTRIBUIDO COM RAZÃO.

Fome não mais haveria
nem razões para haver guerra
e far-se-ia da Terra
uma comum moradia;
toda a gente viveria
sem razão para tristeza...
Mais feliz, e mais coesa
a sociedade, animada
 numa luta conjugada
MATAVA A FOME Á POBREZA.

Far-se-ia um mundo novo,
prelúdio de nova era,
uma nova Primavera
a florescer para o povo;
nos meus versos a promovo...
O meu poema é ação,
encerra uma aspiração
que se fosse conseguida
garantia o pão da vida
E AINDA SOBRAVA PÃO:

Matos Serra
in Poesia popular, social e política.
  

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